domingo, 17 de maio de 2015

Luz-Nas margens do rio Nilo, Egipto.

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Algures entre Luxor e Edfu. A descida do Nilo, em barco de cruzeiro, desde Assuão, no Sul do Egipto (onde se construiu a grande barragem e se fez a respectiva albufeira), até perto do Cairo, é uma das viagens com que se sonha desde pequenino. Esperei sessenta anos. Finalmente, foi possível. Além de muitos outros menos conhecidos, lugares mágicos como Abu Simbel, Luxor, o templo de Karnak, o Vale dos Reis e a pirâmide de Saqqara, passear no deserto e descer o rio Nilo de barco eram sonhos inevitáveis. O percurso era de encanto e deslumbramento. No barco, com tempo e vagar, aproveitavam-se os dias para ler e estudar. E ficar horas encostado à amurada a olhar. Para fotografar e descansar. E tomar refrescos sem parar. Na parte mais fértil das margens do rio, tudo correspondia ao que se dizia e aprendia na escola. Aquelas são das terras mais produtivas do mundo, dão várias colheitas por ano e há uma actividade agrária incrível em, todo o sítio. Parece que há menos actividade e menos produção do que antigamente, dado que a barragem de Assuão e a regularização do rio e das cheias trouxe alterações ecológicas prejudiciais. Mas o que se vê nas margens é igual ao que dizem os lugares comuns e os mitos! (2006)

6 comentários:

eureekka disse...

Caro António Barreto,

Na impossibilidade de o contactar por outro modo, tento por aqui. Se me puder contactar, agradeço: cristinamsilva@tedxlisboa.com.
Obrigada
Cristina Marques da Silva

Unknown disse...

"Aqui fazem-se fotografias artísticas", como dizia Stieglitz.

Grand Monde disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Grand Monde disse...

Fez-me lembrar algumas composições fotográficas do Hippolyte Arnoux.
Fotografia a juntar ao muro de Adriano, ao muro da quinta do Vesuvio e às Muralhas de Sacsayhuamán, no Peru.

António Barreto disse...

Madame Grand Monde!
A verdade é só uma: você conhece tão bem as minhas fotografias! Tanto que até lhe perdoo a sua excessiva amizade ao comparar-me com um grande fotógrafo!
AB

bea disse...

Deve ser tão bonito! Se bem que eu não tenha sonhado com essa viagem a olhar as margens férteis do Nilo, bebida fresca na frente. Na verdade, os meus sonhos são tão pequeninos que quase não exigem verba. Talvez por isso, são difíceis de acontecer.

Parabéns pela concretização de um sonho. Parece não ter sucumbido ao vaticínio de Pessoa.
BFS